Pensamentos de Floripa

Quando cheguei em Floripa dia 5 de janeiro, só pedi que fizesse sol.
Engraçado que consegui recriar um poema já "pincelado" no avião quando chegava em Porto Alegre com o tema sobre algum escritor, mas sobre Floripa nada consegui escrever. Apesar dos dias maravilhosos, mar verde, céu azul... nada!
Acho que nem precisava mesmo, na ilha da magia, não é necessário poemas...

Quanto a minha solitária permanência em Floripa.
As pessoas acham loucura colocar um mochila nas costas, pegar carona e ficar em albergue ou acampar ou ainda dormir em qualquer colchonete... eu chamo isso de liberdade. Tenho um amigo, mochileiro desde a década de 70, que diz que as pessoas acham loucura mas ao mesmo tempo o admiram... não é fácil ter coragem de colocar uma mochila nas costas e sair com dinheiro contado, realmente isso é pra poucos. E é uma felicidade estar no lugar que a gente quer, mesmo que sejam por poucos dias.

E eu estava com uma necessidade de ir pra Floripa que nem mesmo sei explicar, alguma coisa me chamava, talvez essa tal liberdade!

Ouvi por diversas vezes a música NUNCA se SABE dos Engenheiros do Hawaii, essa já deve ter uns vinte anos ... mas para o momento estava perfeita...

A letra diz o seguinte:

Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo
E, se chego sempre atrasado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
Até que horas os relógios funcionarão
Sem dúvida a dúvida é um fato
Sem fatos não sai um jornal
Sem saída ficamos todos presos
Aqui dentro faz muito calor
Sempre parecem idiotas
As rotas que eu faço
Sempre tarde da noite
E se ando sempre apressado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe

É porque nunca se sabe
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não afim de fazer
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não afim

Não quero perder a razão
Pra ganhar a vida
Nem perder a vida
Pra ganhar o pão
Não é que eu faça questão de ser feliz
Eu só queria que parassem
De morrer de fome a um palmo do meu nariz
Mesmo que pareçam bobagens
As viagens que eu faço
Eu traço meus rumos eu mesmo (a esmo)
E se nunca sei a quantas ando
Se ando sem direção
É porque nunca se sabe

É porque nunca se sabe
Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não afim de fazer
Não viro vampiro, eu prefiro sangrar
Me obrigue a morrer
Mas não me peça pra matar, não!

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