Narrativas, São Paulo, ano 1, n. 6, 18 de abril de 2013


Ambientes Virtuais de Aprendizagem e EAD

Na aula passada houve a discussão sobre a leitura do Capítulo 1:  A interatividade no Ciberespaço de Lúcia SANTAELLA, do livro  Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo, uma  explanação sobre tipos de leitores.

O texto de Santaella mostra uma análise de três tipos principais de leitores: contemplativo (idade média à revolução industrial), movente (a partir da revolução  industrial) e o  imersivo (a partir do uso digital/internet). Segundo a autora esse processo histórico linear na verdade é apenas um parâmetro para perceber o tempo das mudanças na leitura, sendo que todos esses tipos são cumulativos ou seja, todos podemos ter as três possibilidades de leitura. Sendo que essa leitura não é apenas das letras. 

“O contexto semiótico do código escrito foi historicamente modificando-se, mesclando-se com outros processos de signo, com outros suportes e circunstâncias distintas dos livros. O ato de ler foi também se expandindo para outras situações, nada mais natural, portanto que o conceito de leitura acompanhe essa expansão.” (p.17)

O leitor contemplativo, meditativo surgiu no renascimento, com a fundação das primeiras universidades, a partir do século XII, com a expansão da instrução entre os leigos, já que anteriormente isso era um privilégio do clero.

Já o leitor movente, surgiu a partir da revolução industrial, com a expansão das cidades, dos negócios das tecnologias que surgiram na época que facilitavam a comunicação como telefone, telégrafo, e posteriormente a “consolidação das redes de opinião como os  jornais, primeiro rival do livro.

Os letreiros; cartazes, vitrinas fazem parte do cenário novo do consumo; a profissão de publicitário surgiu para que esse tipo de informação fosse mais enfática no que é seu propósito vender a mercadoria que as indústrias fabricam.  Nessa fase também surgiram a fotografia e a fotografia que se mexe: o cinema. São novos meios de perceber, de ler.

O leitor imersivo, virtual, o  novo tipo de leitor que surge com o poder dos dígitos, onde qualquer tipo de informação pode ser recebida, estocada, difundida em uma grande rede que se prende em nós, cruzando fronteiras conectando os que necessitam de informação via internet. O suporte é a multimídia e  a linguagem a hipermídia de um objeto que não é manipulável. Há um novo modo de ler, um novo tipo de leitor, diferente dos demais. A leitura na tela tem semelhança do papiro em que o transcorrer da leitura acontece verticalmente, mas não é manuseada diretamente, é necessário o “suporte eletrônico” onde há milhares, bilhares de outras informações a um toque/clique de outro acessório. Não há dúvida que são tipos de leituras e momentos diferentes, mas ainda está lá a informação. Como alcançá-la, como diferenciá-la, como capturá-la. Eis a questão. E isso vem no ponto em que na aula houve a pergunta. Qual tipo de leitor nós temos?

PLE e Conectivismo

Após a discussão do texto, houve o segundo momento da aula com a apresentação do nosso colega Eri, sobre Personal Learning Envinronment é o uso de recursos da internet para o aprendizado independente em blogs, wikis, twitter, facebook. Quanto conhecimento podemos compartilhar? Principalmente se tratando de uma ferramenta praticamente gratuíta e de uso fácil.

O encerramento foi com a apresentação da professora Dolores sobre o Conectivismo que é uma teoria de aprendizagem, desenvolvida por George Siemens e Stephen Downes.

Apanhei alguns itens do link abaixo sobre o assunto:  Ao contrário do passado, o volume de conhecimento cresce exponencialmente.  A aprendizagem formal não constitui a maior parte de nosso aprendizado. É interessante estarmos certos que a aprendizagem é um processo continuo, que dura a vida toda. A organização e o individuo são organismos que aprendem.  

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