Supertramp

Depois de quase dois anos me dei conta que não preciso mais usar óculos, foram duas décadas usando-os diariamente até chegar a marca de quase 7 graus negativos – miopia e um pouco de astigmatismo, mas após uma cirurgia a laser - minha miopia está atualmente “zerada”.
Nos últimos tempos eu tive um par de lentes comuns, outro par de lentes coloridas e dois pares de óculos, todos devidamente com grau. Não sinto falta de nenhum desses acessórios – exceto das lentes que faziam meus olhos mudarem de cor... sim eram artificiais, mas gostava do efeito.
Usar óculos como Herbert Vianna escreveu :

"Era mais fácil se eu tentasse fazer charme de intelectual; Se eu te disser;, periga você não acreditar em mim... Eu não nasci de óculos, eu não era assim.”

Tomar banho, nadar, mergulhar, qualquer outro esporte (principamente os radicais), dormir, se maquiar... são atividades muito prejudicadas ainda mais quando a deficiência é alta. Acordar e não achar os óculos... sensação nada agradável!

Percebi isso enquanto estava assistindo o filme Na natureza selvagem = Into the wild, filme de liberdade... de busca interior e de auto conhecimento. E lá estava o personagem principal, um ex bom partido – sem rumo na imensidão dos Estados Unidos com uma mochila nas costas, e óculos para ler os livros que o acompanharam.

A parte mais emocionante do filme (na minha opinião) é quando o personagem Ron, um senhor que oferece carona a Alex/Chris, consegue subir ao topo de um morro e ao lado de Alex diz: "Há algo muito maior que podemos apreciar ... É Deus ... Quando perdoamos, amamos, e quando se ama a luz de Deus brilha em você". Aquele senhor de cabelos tão brancos e olhar doce ... emociona com palavras tão verdadeiras. Quando ele pede para adotar Chris é ainda mais tocante.

Um belo filme... quanto aos óculos são ótimos quando somente são acessórios de até 2 graus – mais que isso é punição.

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