Na
aula passada houve a discussão sobre a leitura do Capítulo 1: A interatividade no Ciberespaço de Lúcia SANTAELLA,
do livro Navegar no Ciberespaço: o
perfil cognitivo do leitor imersivo, uma
explanação sobre tipos de leitores.
O texto de Santaella mostra uma
análise de três tipos principais de leitores: contemplativo (idade média à revolução industrial), movente (a partir da revolução industrial) e o imersivo
(a partir do uso digital/internet). Segundo a autora esse processo histórico
linear na verdade é apenas um parâmetro para perceber o tempo das mudanças na
leitura, sendo que todos esses tipos são cumulativos ou seja, todos podemos ter
as três possibilidades de leitura. Sendo que essa leitura não é apenas das
letras.
“O
contexto semiótico do código escrito foi historicamente modificando-se,
mesclando-se com outros processos de signo, com outros suportes e
circunstâncias distintas dos livros. O ato de ler foi também se expandindo para
outras situações, nada mais natural, portanto que o conceito de leitura
acompanhe essa expansão.” (p.17)
O leitor contemplativo,
meditativo surgiu no renascimento, com a fundação das primeiras universidades,
a partir do século XII, com a expansão da instrução entre os leigos, já que
anteriormente isso era um privilégio do clero.
Já o leitor movente, surgiu a
partir da revolução industrial, com a expansão das cidades, dos negócios das
tecnologias que surgiram na época que facilitavam a comunicação como telefone,
telégrafo, e posteriormente a “consolidação das redes de opinião como os jornais, primeiro rival do livro.
Os letreiros; cartazes, vitrinas
fazem parte do cenário novo do consumo; a profissão de publicitário surgiu para
que esse tipo de informação fosse mais enfática no que é seu propósito vender a
mercadoria que as indústrias fabricam.
Nessa fase também surgiram a fotografia e a fotografia que se mexe: o
cinema. São novos meios de perceber, de ler.
O leitor imersivo, virtual, o novo tipo de leitor que surge com o poder dos
dígitos, onde qualquer tipo de informação pode ser recebida, estocada,
difundida em uma grande rede que se prende em nós, cruzando fronteiras
conectando os que necessitam de informação via internet. O suporte é a
multimídia e a linguagem a hipermídia de
um objeto que não é manipulável. Há um novo modo de ler, um novo tipo de
leitor, diferente dos demais. A leitura na tela tem semelhança do papiro em que
o transcorrer da leitura acontece verticalmente, mas não é manuseada
diretamente, é necessário o “suporte eletrônico” onde há milhares, bilhares de
outras informações a um toque/clique de outro acessório. Não há dúvida que são
tipos de leituras e momentos diferentes, mas ainda está lá a informação. Como alcançá-la,
como diferenciá-la, como capturá-la. Eis a questão. E isso vem no ponto em que
na aula houve a pergunta. Qual tipo de leitor nós temos?
PLE
e Conectivismo
Após a discussão do texto, houve
o segundo momento da aula com a apresentação do nosso colega Eri, sobre
Personal Learning Envinronment é o uso de recursos da internet para o
aprendizado independente em blogs, wikis, twitter, facebook. Quanto
conhecimento podemos compartilhar? Principalmente se tratando de uma ferramenta
praticamente gratuíta e de uso fácil.
O encerramento foi com a apresentação
da professora Dolores sobre o Conectivismo que é uma teoria de aprendizagem,
desenvolvida por George Siemens e Stephen Downes.
Apanhei alguns itens do link
abaixo sobre o assunto: Ao contrário do
passado, o volume de conhecimento cresce exponencialmente. A aprendizagem formal não constitui a maior
parte de nosso aprendizado. É interessante estarmos certos que a aprendizagem é
um processo continuo, que dura a vida toda. A organização e o individuo são
organismos que aprendem.
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