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John é um cão: diário parte 1

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Meu nome é John há dois anos, desde que fui resgatado por uma família que me encontrou numa noite chuvosa de inverno em plena pándemia do Covid19. Estava com muito frio, tinha sede, fome e temia por minha vida. Meu logo pelo preto estava todo sujo, molhado e embolado. O marido da Gicely me viu e todo seu coração se encheu de misericórdia, então após uma conversa, convenceu ela e  me acolheram em sua casa. Mal cheguei naquela casa simples porém grandiosa de compaixão e já me deram um bom banho, e cortaram meu pelo. Fui alimentado, medicado e cuidado por um mês. Porém, este casal tinha outras pessoas dependentes deles e mais um gato e uma cachorrinha. Resolveram  que me colocariam para adoção em um grupo do Facebook. Confesso que fiquei novamente com medo de ser abandonado e jogado a própria sorte. Não muito longe de Carapicuíba, estado de São Paulo, uma pessoa procurava por alguém como eu, estava há alguns meses procurando por um cachorrinho de pequena estatura. Naquela tarde de sábado,

Mário Gomes

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L uiza e suas amigas estavam na praia acampando. O sol despontava e aquecia a barraca que dormiam apertadas ela, Ana e Vivi. Em frente estava a outra  barraca iglu com Brenda, Júlia e Thamiris. A turminha de caroneiras saem apressadas da barraca, cada uma com sua necessaire , toalha e biquíni , mas, não antes de olhar pro céu e sorrir, estava tudo azul! Aquele seria mais um dia das férias da "facul". A conversa no banheiro era qual praia escolher: Centro? Rosa? Ferrugem? Silveira? Talvez a cachoeira de Macacu... - Vamos aonde o Jorge for - Júlia reponde. - Exato! - Diz Luiza, uma das mais decididas. - Então vamos, eba! Salve Jorge! - Todas dizem.  Saem pegam a bolsa, conferem se há o protetor solar, óculos, toalha, dinheiro,  deslizam o zíper e fecham a barraca, enfim, enrolam-se na canga. Todas estão empolgadas e tagarelando. Vão pela rua de terra, rindo fazendo piadas uma com as outras, até a avenida principal e se afastam do movimento do centrinho do balneário.  Logo,as se

Magda apresenta

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Paixão: parte um e dois

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Na penúltima terça-feira de um mês de maio frio, quando o céu já tinha se tornado marinho, após fazer suas orações e tomar o costumeiro banho quente, Magda se enxugou, passou creme no corpo, vestiu o pijama e mal secou seus cabelos, sentou-se em frente à antiga escrivaninha para continuar tricotando um xale em "V" para pendurar no quadril. Acomodou-se na cadeira e, enquanto selecionava no Facebook o grupo que trazia os capítulos da novela, de repente deixou o celular cair. Colocou a mão no baixo ventre e envergou o tórax para frente. Naquela posição, saiu da cadeira e tentou deitar-se na cama. Tentou de lado e de frente, segurou o colchão e jogou a bacia para trás… A única coisa que conseguiu foi gemer de dor. Raphael, seu marido, foi até o quarto e, aflito, perguntou o que havia. Dor, muita dor, ela respondeu.  - Vou chamar o Uber e vamos para o hospital. - ele disse.  - Não, espera um pouco, vá dar a sua aula. Raphael é professor universitário e desde a

Nuvens de algodão e férias 2017

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As imagens que marcam uma vida... como olhar as nuvens e não lembrar da minha infância e  adolescência em Porto Alegre?  Naquela rua, chamada  26 de dezembro, onde eu me sentia segura e feliz com minha família. Ah aquela casa verde, aquele pinheiro e aquele quarto onde havia uma cama e eu passava as tardes escutando musica deitada na cama dos meus pais olhando o céu pela janela. A formação das nuvens, embaladas pelo som do rádio relógio. Naquelas tardes que minha única preocupação era contar quantas vezes escutava Lobão, Paralamas do Sucesso ou Titãs.. . Saudades. Naquela época ou assistia TV ou escutava rádio... eu preferia a liberdade que o rádio nos dá... a de escutar e olhar pra onde quiser. Assim lembro que no decorrer da minha vida, e nessa época (a minha adolescência)  comecei a crescer... o tempo passou e agora nas lembranças recordo a música que embala essa tarde de férias... olhando o céu de Ubatuba, SP.  Somos Quem Podemos Ser  Engenheiros do Hawaii    ( https://www.le

Mundo Insano

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Estou simplesmente abismada!  O ano 2015 foi fogo, e 2016 está sendo o quê? O inferno!  ou quase isso. Saio do metrô pego o jornal "Metrô news" e lá está a manchete: "Massacre da Bastilha: mais de 70 mortos" << https://noticias.r7.com/internacional/dia-da-bastilha-ataque-com-caminhao-deixa-pelo-menos-84-mortos-e-feridos-em-nice-15072016 >> , chego em frente ao Museu de Arte de São Paulo e: dia do homem. Afinal, o que está acontecendo? É uma inversão de valores, é dia do homem, é da mulher, é da criança, do idoso... discriminando cada ser humano e sua fase. Por que as pessoas não conseguem entender a igualdade? Ninguém deveria querer ser maior ou menor que o outro. Gente! cadê o amor? Só deveríamos fazer e pensar na plenitude desse sentimento, quem ama não violenta, crê que todos somos iguais, respeita o maior, o menor, não faz bulling. Impor que temos que fazer algo porque é bonito, é digno, está na Lei e os milhões de motivos, c

O futuro chegou 1985-2015

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E o futuro chegou... por tanto tempo esperando...  O  2015  criado em 1989 (ano do lançamento do filme De volta pro futuro 2)  não tem nada parecido com 2015 real.  No 2015 fictício os advogados não existiam mais, porém no real os advogados continuam a existir e por isso os processos ainda são demorados.  Todos os atendentes eletrônicos do "Café 80" já morreram (Michael Jackson, Ronald Reagan e o aiatolá Komeini).  A moda do 2015 real,  parece mais com o também real 1985, como as calças floridas e coloridas da  personagem Jennifer... Nossos tênis Nike continuam com os cadarços "manuais", ainda não existe a jaqueta ajustável nem auto secante, nenhum skate flutua e muito menos há carros voadores...  Também não temos aqueles incríveis outdoors em 3D... e eu nunca mais vi fliperamas, mesmo em locais temáticos... fora um monte de outros detalhes.  Mas em meio a toda ficção há algo que existe e a cada dia está mais forte: os "ANOS 80" está vivo,